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Caminhada de Conscientização do Autismo em Sorocaba tem sua 11ª edição

O Parque Campolim, em Sorocaba, recebeu a 11ª Caminhada de Conscientização do Autismo no dia 7. Organizado pela Associação Amigos dos Autistas de Sorocaba (Amas), o evento já se tornou tradicional na cidade para marcar a passagem do dia 2 de abril, Dia da Conscientização do Autismo, declarado mundialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007.
Antes da caminhada ter início, o coreógrafo e dançarino André Martin, de Piedade, coordenou um alongamento com os presentes na praça ao som de músicas agitadas. Ele é integrante da (Associação Amigos dos Autistas de Piedade (Amap) e participa das caminhadas e outros eventos, sendo o terceiro ano consecutivo em Sorocaba. A caminhada contou com faixas com frases de conscientização e apoio aos portadores de Autismo e no final bandas de covers fizeram shows em um palco levado ao parque para o evento.
Camisetas da Amas foram vendidas pelo preço de R$26,00. Antes do grande dia, mais de 1600 camisetas haviam sido vendidas, e toda a renda será revertida para projetos da Amas.
Histórico
As caminhadas de conscientização são realizadas desde 2008. Na primeira edição, 300 camisetas foram vendidas. Hoje, a organização conta com colaboradores, patrocinadores e apoiadores da marcha. “A caminhada é um momento não só de manifestação, mas também de alegria e de mostrar que os portadores de Autismo também têm de estar na sociedade”, diz Jeane Collaço, 53 anos, diretora da Amas.
A Amas foi fundada em 15 de dezembro de 1994 (fará 25 anos no final de 2019), por Celso Leuzinger Humayta. A ideia surgiu quando seu filho Igor, portador do Autismo e que hoje possui 32 aos de idade, em sua época de escola, não recebia a devida assistência para estudar da maneira adequada. Celso resolveu criar algo juntamente aos pais que se encontravam na mesma situação que ele. “Reunimos 5 pais numa sala de uma entidade e começamos a fazer o trabalho ‘na raça’ e sem conhecimento técnico nenhum. Arrumamos um espaço na Cidade Jardim e o Colégio Salesiano nos emprestou um espaço onde estamos até hoje”, conta o fundador. Essa sede é destinada às crianças de até 6 anos para fazerem atividades curtas. A outra sede, no Wanel Ville, é destinada aos adultos, que passam o dia lá.
O trabalho voluntário na Amas exige muita coisa: técnicos, médicos, fisioterapeutas e psicólogos. Instrumentalizar e orientar também é importante. Para obter certa renda, a entidade faz barracas em festas juninas, almoços e jantares, atende uma unidade escolar reconhecida pelo MEC além de ter um bazar efetivo. “Apesar de eu não ter nenhum portador de Autismo na família, achei que seria uma opção para eu fazer minha parte na sociedade. Optei por não ter filhos e queria algo que desse um pouco mais de valor para a vida”, compartilha Laura Yamasaka Toriumi, voluntária da Amas há mais de 15 anos. O projeto hoje atende 140 portadores.
“Promover a conscientização é um trabalho de formiguinha. É de boca a boca, não é fácil. Nem todas as pessoas têm conhecimento e empenho. Muitas acham fácil e vão largando ao longo do caminho”, relata Laura sobre as o comprometimento necessário para a contribuição da causa. Mais  informações sobre como ajudar a Amas podem ser encontradas em http://www.amassorocaba.org.br/, ou pelos telefones (15)3222-4646 e (15)99141-2848.  
Texto: Giovanna Abbate – Agência Focs / Jornalismo Uniso

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