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Voluntários oferecem lar temporário até animais encontrarem um lar

Ser voluntário não é uma prática tão simples quanto pode parecer. Um voluntário vocacionado tem um propósito de dedicação, cedendo tempo e trabalho regularmente a alguma causa, tudo isso sem remuneração. Cuidar de animais abandonados e vítimas de maus tratos foi a escolha de um grupo de amigas de Sorocaba há oito anos e, neste tempo, a demanda obrigou o grupo a aumentar, a se organizar cada vez melhor e até a abrir as próprias casas para atender às necessidades de cães e gatos.
 
Anjos Protetores foi o nome escolhido para a entidade se oficializar e assim tem se tornado  cada vez mais conhecida em Sorocaba, especialmente por meio das feiras de adoção. É nesses eventos que a equipe aparece para dar oportunidade de cães e gatos conseguirem um novo lar. Mas o trabalho de cada voluntário ocorre muito além das feiras, ajudando com campanhas, cuidados e recursos próprios aos animais vítimas de maus tratos e abandono. Entre uma feira e outra, é nas próprias casas dos membros da ONG que os animais são abrigados ou são buscados amigos que possam oferecer lares temporariamente.
“No começo do projeto, não tínhamos nem barraca. Ficávamos na frente dos pets shops a tarde inteira oferecendo cachorros para a doação. Com o tempo, fomos crescendo e chegamos ao que estamos agora”, explica Elaine Yabko. Ela é uma das fundadoras do grupo e define como gratificante cada atividade realizada: “Eu amo fazer esse trabalho, vê-los podendo encontrar um lar pelo resto da vida é emocionante”, destaca.
Nos lares temporários dos Anjos Protetores os animais recebem o tratamento apropriado para cada caso. A ONG também recebe filhotes para adoção, mas precisam estar vermifugados e vacinados, fazendo um aconselhamento para que seja castrada a mãe dos filhotes. Em parceria com a clínica Planeta animal, é feito o encaminhamento para castração com um preço acessível.
O vigilante Ricardo Aquati, de 43 anos conheceu o projeto no estacionamento da loja Cobasi, no Shopping Panorâmico, e não perdeu a oportunidade de adotar o novo membro da família. A escolhida foi uma gatinha que foi encontrada na rua, recebeu o tratamento nos lares temporários e encontrou um novo lugar para viver. “Fico muito feliz por ter adotado e, mais ainda, pela minha filha. Ainda não demos nome, mas estou pensando em Joelma”, comentou Aquati.  

Os anjos também têm histórias de superação; é o caso de Vitório. O gato foi encontrado no bairro Ipanema das Pedras na tampa de um bueiro, adoentado e muito debilitado. “Meu marido pensou que ele estivesse morto. Resgatamos, levamos a uma clínica onde ficou internado para se recuperar e no dia 21 de setembro foi adotado”, conta Elaine.
Como ajudar e como adotar
Os voluntários também aceitam doações de medicamentos, roupas para os animais, lençóis, toalhas velhas produtos de limpeza, brinquedos e tigelas para cães e gatos em boas condições. Mas o que eles mais precisam nesse momento é de ração. “Eu tento ajudar o quanto posso. Nem todo mundo visualiza os animais de rua, eles não sabem falar, não sabem pedir ajuda. Eles dependem da nossa empatia e da nossa consideração para com eles, diz Bruna Grandino, de 23 anos.
Quem deseja adotar um animalzinho ou fazer doações pode comparecer às feirinhas de adoção que acontecem todos os sábados, das 10h às 17h em três locais fixos da cidade. Uma equipe fica no estacionamento do petshop Cobasi, do Shopping Panorâmico shopping, outra equipe fica no Cobasi da Avenida Itavuvu e há mais uma equipe no estacionamento do Extra Santa Rosália. Para mais informações acesse a página do Facebook.

Agência Focs / Jornalismo Uniso
Texto e imagem: Vinicius Lara

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