Storytelling desperta o interesse de alunos da Uniso
Muita gente pode não se dar conta, mas escrever uma boa história não é só uma questão de talento do escritor e nem da capacidade de reunir as informações importantes sobre um assunto. Saber organizar os dados que foram apurados, criar um roteiro e trabalhar com um tipo específico de narrativa são técnicas importantes que ajudam quem trabalha com texto a não ficar muito tempo sofrendo sem saber por onde começar, como desenrolar a história e o que é mais ou menos importante para tentar atrair o leitor e garantir que ele vai percorrer o texto até a última linha sem se perder.
Para falar sobre Storytelling no Jornalismo Digital, a Semana de Comunicação da Uniso, realizada no final de setembro, recebeu a jornalista Leila Gapy, especialista em Jornalismo Literário, mestre e doutoranda pela UNISO em Comunicação e Cultura. Para dar início à sua apresentação, Leila propôs aos participantes um exercício corporal, despertando o interesse e o envolvimento, como deve ser objetivo de alguém que está produzindo um texto.
A especialista também contou um pouco sobre os 15 anos que passou no jornal Cruzeiro Do Sul e sua saída, há 5 anos, para alçar novos horizontes. O caminho escolhido por prazer de quem gosta de escrever e valoriza uma boa história foi a produção de biografias de famílias. Procurada por pessoas interessadas em registrar e imortalizar as memórias familiares, Leila aceitou o convite motivada pela riqueza da oportunidade, mas também seguindo seu apego com a escrita de detalhes, reconhecida e assumida desde a infância.
Aos alunos presentes, Leila descreveu a origem da palavra storytelling (contar histórias, adaptar histórias, criar narrativas criativas, memoráveis, afetivas, literárias) e do jornalismo literário. Para sustentar suas falas e ilustrar suas vivências, recorreu a conceitos dos especialistas Joseph Camphell, Cristopher Vogler, Edvaldo P. Lima, Monica Martinez e John S. Bak, citou também frases marcantes como “ A matéria prima do comunicador é o ser humano e para conhecer o ser humano é preciso conhecer a si mesmo”. A oficina permitiu práticas com os exemplos de regras literárias, aplicadas nas histórias factuais do jornalismo como a Jornada do herói, que foi explicada passo a passo para a compreensão dos inscritos.
Agência Focs / Jornalismo Uniso
Texto e imagem: Giovana Bruno