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Olhares sobre a ciência são evidenciados entre docentes e pesquisadores da Uniso

A importância da ciência para a sociedade foi tema de palestra ministrada por Marcos Antônio dos Santos Reigota, professor do Mestrado em Educação da Uniso, na última quarta-feira (09). O encontro abordou a relevância da Iniciação Científica para os alunos de graduação e a necessidade de romper com os modelos de produção científica padronizados e também, a possibilidade de meios alternativos de publicação e divulgação do conhecimento. O público da palestra foi composto por professores e pesquisadores da Uniso.

De acordo com Valquíria Miwa Hanai Yoshida, presidente do Programa de Iniciação Científica da Uniso, a ideia da palestra surgiu a partir de uma conversa informal entre Reigota e ela, a fim de levantar olhares para a ciência. “A ideia de fazer com que nós, internamente na Uniso, criemos espaço para falar da ciência, da seriedade de como é conduzida, discutir os padrões. Então essa ideia vem de uma conversa informal, mas queremos compartilhar e discutir com todos, porque nós fazemos ciência, então temos que olhar para ela com seriedade.”.
Reigota cita que na Iniciação Científica é apresentado aos alunos como fazer ciência, mas não há uma discussão sobre a ciência de fato e esse diálogo precisa ocorrer. Segundo ele, a produção científica é formatada a um modelo de ciência produtivista, que restringe algumas divulgações e apresenta imprecisões nas avaliações de publicações em determinado periódico. “A própria difusão dessa produção via os meios acadêmicos é sempre avaliada e já é avaliada de uma forma bastante tecnicista, então se você faz um trabalho que tenha uma difusão que não atinge esse modelo, esse trabalho é desqualificado e muitas vezes temos trabalhos extremamente importantes mas que não recebem a devida avaliação”, explica.

 Professor Aldo Vannucci participou das discussões
O principal foco do debate foram estas questões e ainda, como a universidade encara esses padrões e que modelo de ciência a Uniso oferece e pode oferecer. De acordo com o professor Daniel Bertoli Gonçalves, coordenador do Programa de Mestrado Profissional em Processos Tecnológicos e Ambientais da Uniso, o essencial no debate dos modos de fazer ciência está na identidade que a universidade precisa ter. “Estamos tentando a partir desta discussão, desconstruir um modelo comoditizado e a desconstrução passa pela construção de uma identidade própria, e essa identidade própria da Uniso, passa pela observação de sua história e de sua contribuição dentro da sociedade”.
Se os modos de fazer ciência são restritos a padrões e avaliações que nem sempre estão de acordo com a proposta do pesquisador, é preciso ir em busca de outros meios para que a produção de conhecimento atinja seus públicos. Reigota conta que a plataforma ResearchGate é um exemplo alternativo de divulgação, onde ele disponibilizou seu livro “Hiroshima e Nagasaki”. Outra proposta é através do jornalismo científico, que de acordo com ele, se atentou para esta possibilidade mais recentemente, não era algo que tinha observado antes. “No ResearchGate é voltado mais para os interessados da área, mas esses espaços da mídia ganham a população, acho que isso é também muito importante, é válido, a gente tem que enfatizar mais isso, como é que você traduz isso para os leigos, então eu acho que esse é o papel do jornalista”, conclui.

Uniso Ciência – Em breve apresentação, Marcel Stefano Tavares Marques da Silva, professor do curso de Jornalismo, divulgou o projeto Uniso Ciência, que tem como objetivo expandir para a comunidade a produção científica realizada através de dissertações e teses na Uniso. O projeto foi lançado em outubro de 2017 e está em sua terceira edição, em formato tabloide e disponível também no site do jornal Cruzeiro do Sul, com quem tem parceria. A novidade é o lançamento de um compêndio, um livro que reúne produções acadêmicas da universidade em 112 páginas, que está previsto para ser lançado no dia 1° de junho. Para mais informações sobre o Uniso Ciência, acesse: http://uniso.br/unisociencia/.

O professor Marcel Stefano apresentando novidades e planos futuros para o Uniso Ciência

Texto: Aline Nunes/AgênciaJor
Fotos: Antony Isidoro/AgênciaJor

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