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MidCid realiza primeiro encontro do ano

O Grupo de Pesquisa de Mídias, Cidades e Práticas Socioculturais (MidCid), do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba, realizou na segunda-feira (26) o seu primeiro encontro de 2018. Para dar início aos trabalhos, a intervenção artística intitulada “Contramão”, de Felipe Parra, publicitário e mestre em Comunicação e Cultura pela Uniso, em formato audiovisual, propôs olhar a cidade de uma outra maneira.
O vídeo apresenta o que está fora do fluxo do tráfego da cidade. Parra procurou retratar lugares pouco percebidos da ambiência urbana, principalmente de Sorocaba. Resultado de sua dissertação de mestrado, o publicitário conta que foi justamente com uma fotografia do livro “O pensamento sentado – Sobre glúteos, cadeiras e imagens” de Norval Baitello Jr, que ele viu uma proposta desse olhar diferenciado, que o serviu de inspiração.
 Intervenção artística conceitual de Felipe Parra 
Parra sugere essa observação do contrafluxo de imagens como uma pausa dentro do contemporâneo. “Dentro dessa velocidade, movimentação, agilidade, efervescência, é uma proposta para uma pausa, realmente”. Ele acrescenta que precisamos desacelerar para poder exercitar esse olhar e experimentar o que está ao redor.
“Muitas vezes filmando as partes de trás de outdoors e placas de trânsito, me deparei com camas de mendigo, lugares onde eles faziam suas necessidades fisiológicas, seringas descartadas de drogados, então tem um cunho social muito impactante, quando você tem uma proposta diferente”, conclui.
O responsável pelo grupo de estudos, o professor Paulo Celso da Silva, conta que praticamente em todas as edições, pelo menos uma vez por ano, Felipe Parra apresenta um trabalho artístico que incentiva e mobiliza os novos alunos. A temática deste ano é “A cidade depois do fim do mundo”, que abordará bastante a questão do caos contemporâneo. 
O grupo MidCid se reúne mensalmente para discutir e pensar as práticas comunicacionais que pontuam o espaço urbano relacionados à arte, ciência, ao corpo, à cultura popular, consumo, às instituições e às novas tecnologias. Silva explica que esse primeiro encontro é fechado, mais para alinhar as propostas do grupo e que, a partir do próximo, a divulgação já é maior, aberta para a comunidade. “A expectativa é oferecer essa diversidade de pensamento em um só tema”, finaliza.
 Membros MidCid debatendo assuntos de suas pesquisas

Texto: Aline Nunes/AgênciaJor

Fotos: Stephanie de Paula/AgênciaJor

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