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Especial Eleições 2014: Número de eleitores com ensino superior cresce 57% no Brasil

O grau de instrução do eleitor brasileiro cresceu em relação aos últimos quatro anos. Segundo dados disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2010, pouco mais de 5,2 milhões possuía nível superior, número bem menor que neste ano, que contabiliza 8 milhões.

Mesmo com um aumento de quase 57% se comparado à eleição passada, esse número não é tão significante para o país. De acordo com o TSE, 142 milhões de brasileiros devem ir às urnas neste domingo, dia 5, mas só 5,7% estão dentro dos moldes que a sociedade brasileira exalta.

No Estado de São Paulo, aproximadamente, 32 milhões irão às zonas eleitores e só 6% têm alguma graduação, sendo o número de mulheres bem maior, 58%, do que de homens, 41%.

Para o professor Benedito Aparecido Cirino, doutor em Educação na Uniso, o baixo número de pessoas, com nível superior, não garante resultados diferentes caso essa porcentagem fosse maior. “Isso é muito relativo. Não se pode determinar que o sujeito mais instruído seja o mais consciente. Depende de uma formação política da pessoa. Mesmo porque, a questão do voto, consciente ou não, demanda muito de qual pressuposto você tem de consciente. Não há um modelo: esse é correto e os outros são incorretos. Há sempre essa construção de consciência”, comenta.

Outro resultado que chama atenção é a redução de 7,5% no número de analfabetos. Em 2010, eram mais de 8 milhões sem nenhum grau de instrução, caindo para 7,4 milhões em 2014. Um número que, para muitos, poderia ser bem menor.

“É a mesma coisa no caso do analfabeto. Também depende da formação política dele. Pode ser que ele não tenha instrução, mas que tenha algum esclarecimento no campo de funcionamento político. Ele pode ter um voto consciente também. Não é tão simples como aparece na mídia, que reforça a ideia de que o analfabeto não sabe votar e o instruído sabe. Existe também uma relatividade que você precisa considerar”, destaca o professor.

Em Sorocaba, oitavo município com maior distribuição de eleitorado do estado, com 446 mil eleitores, a porcentagem de ensino superior subiu de 6,3% para 7,3%, enquanto o número de analfabetos caiu apenas 6,5%.

Giovanna Lamos, Guilherme Bonillia, Jéssica Santos e Tatiana Spuzzillo (AgênciaJor/Uniso)


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