Conferência

Foto: Larissa Cirineo Rodrigues 

Uma conferência realizada na segunda (23) para os alunos do programa de Mestrado em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba contou com a presença do professor e pesquisador Thomas A. Bauer da Universidade de Viena, Áustria. O tema da palestra foi “Medialidade – Observando as Estruturas de Comunicação além das mídias”. 

De acordo com Thomas Bauer, para pensar em comunicação devemos procurar entender que ela é um conceito e não um objeto e que para compreender melhor os processos midiáticos e a comunicação é necessário observar, “A comunicação é a observação da observação”, explica. 

Um dos assuntos debatidos foi que a forma de interação da comunicação que é um paradigma a ser estudado cientificamente e que para isso os pesquisadores devem parar de pensar em comunicação só como uma esfera industrializada. A medialidade é um processo de comunicação que engloba toda uma esfera social e que só acontece a partir da observação de aspectos da sociedade. 

Muitas coisas influenciam na formação de opinião de um leitor ou telespectador. Uma notícia produzida por um jornalista, por exemplo, não seria a única coisa que influencia a formação da sociedade. Há uma série de aspectos e crenças a serem observados e é o que leva a falar de comunicação como cultura. 

A comunicação também pode gerar rejeição, quando entramos em contato com a visão do outro no primeiro momento. Essa rejeição vem dos tempos primitivos e ainda está presente no ser humano na contemporaneidade e é considerado um processo normal na comunicação. 

Thomas A. Bauer ainda sintetiza que é muito difícil entender o conceito de comunicação e que no contexto de um mundo globalizado, devemos pensar nas esferas da filosofia e antropologia para entender o conceito de comunicação. 

Na pesquisa, o que falta é novas formas de entender a realidade, “É preciso sair do conceito da mídia como poder e procurar uma nova compreensão da comunicação através da ciência, esta trás transparência e credibilidade”. É preciso também, por meio dos processos, tentar entender o outro através da observação e quebrar paradigmas sobre o modelo de unificação que está presente na sociedade: reconhecer que não existe apenas um tipo de religião, raça e crença.