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Semana de Jornalismo ASI/Uniso debate Fake News

Fake News foi um dos temas abordados durante a Semana de Jornalismo ASI/Uniso, evento organizado pelo curso de Jornalismo da Universidade de Sorocaba e a Associação Sorocabana de Imprensa. A parceria para a realização do evento acaba de completar dezoito anos e nesta edição contou também com o envolvimento do Centro Acadêmico de Jornalismo (Cajor) que participou sugerindo e convidando participantes para as palestras e debates realizados. 

Na quarta-feira, dia 9 maio, foram realizadas duas mesas-redondas para discutir a problemática das fake news. A abordagem ocorreu nos períodos matutino e noturno  e contou com o jornalista e professor Marcel Stefano como mediador. 
Entre os convidados estiveram presentes o jornalista e pesquisador no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Uniso, Julio Cesar Leme, a assessora Lídice Leão, a Diretora de Comunicação da União Nacional dos Estudantes (UNE), Nágila Maria e a coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mielli. 
O debate se iniciou com uma cena do filme ‘Dúvida’ de 2008, onde foi mostrado o poder destrutivo da difamação. Seguido da provocação o que é Fake News e como pode interferir na sociedade em que vivemos.

 Debate abre espaço para alunos tirarem dúvidas
Foi citada a influência das fake news durante às eleições norte americanas, além das pesquisas que provam que 70% da população acredita mais em notícias falsas, que em verdadeiras. “Estamos em ano de eleição, que tende a ser uma das eleições mais polêmicas do nosso país, não cabe a nós apenas fazer o diagnóstico do que é fake news, cabe criar novos critérios para combater esse fenômeno”, diz Nágila referente às eleições desse ano.
Para Julio Cesar, “o fake news se caracteriza por não ser passível de uma verificação factual, então quando você vai comparar o que está na notícia com o que aconteceu de fato e você faz esse confronto, é possível perceber a diferença”. Quanto à discussão nos cursos de comunicação, “é importante discutir esse assunto para que os alunos já comecem a traçar suas próprias estratégicas sobre o fake news, atingindo um menor número de pessoas possível, capazes de encontrar uma espécie de antídoto”, comenta Lídice.  
Na perspectiva de Renata, “a única maneira de combater o fake news é com a informação e a educação, procurando fazer campanhas sobre como devemos nos comportar diante dos fatos. Só com um amplo debate sobre o assunto, vamos enfrentar esse problema, a universidade é o local ideal para ter esse diálogo”, completa.  
O estudante e presidente do Centro Acadêmico de Jornalismo (Cajor), Vinicius Viana, 20, revela sua opinião sobre o tema “acho que o impacto do fake news na sociedade é a distorção da notícia real, a gente tem além dos veículos exclusivos de fake, a grande mídia que trabalha em cima de várias notícias falsas, o que não condiz com a realidade, mas interfere em praticamente tudo, principalmente no nosso cenário político. O papel da Uniso como universidade comunitária é discutir essas questões, abordar essas relações e desenvolver assim o olhar político de seus alunos”.

Alunos de comunicação participam do debate sobre fake news
Segundo o mediador Marcel Stefano, “esse é um tema que está na atualidade e que dependendo do que se transformar, direcionará todas as carreiras envolvidas na comunicação. Porque a notícia é o nosso principal ingrediente e quando de repente começam a surgir notícias falsas que causam um impacto tremendo na área econômica e na área política, vemos a importância de nos manter antenados na temática para poder tomar decisões a partir dessas mudanças”, explica.
Marcel acredita ser antiético por parte do jornalista propagar o fake news, lembrando do juramento feito durante a graduação, “juramos ao nos formar, trabalhar sempre pela verdade, por mais que a verdade tenha diferentes conotações e diferentes olhares. Então, quando você trabalha para o fake news, está fazendo o contrário de sua profissão, sendo extremamente antiético disseminar e trabalhar para essa indústria que pode causar uma mera brincadeira entre amigos, mas também a morte de uma pessoa ou até mesmo uma guerra, é inadmissível que um jornalista participe disso”, conclui.

 Ledice Leão traz sua opinião sobre fake news

Texto: Stephanie de Paula/AgênciaJor
Fotos: Anna Blancas/AgênciaJor


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