Estudantes de biologia da Uniso desenvolvem inseticida natural
Projeto universitário utiliza planta em sua fórmula
Por Eduarda Lopes (Agência Focs – Jornalismo Uniso)
Um grupo de estudantes de ciências biológicas da Universidade de Sorocaba (UNISO) está produzindo um inseticida natural para seu projeto integrador neste semestre. O produto é feito à base de uma planta conhecida popularmente como cravo de defunto (Tagetes erecta).
O projeto é idealizado pelo professor e doutor em ciências biológicas Thiago Simon Marques. Segundo ele, o principal objetivo da proposta é “não causar efeitos negativos nas plantações que necessitam de um inseticida”. Apesar do produto ainda não ter sua eficácia 100% comprovada, existem diversos estudos sobre o potencial da planta utilizada, afirma o docente.
Para a produção do inseticida a estudante Milena Oliveira, de 20 anos, explica que é necessário o cuidado com a planta desde o crescimento de sua semente, regando com frequência até que suas pétalas possam ser retiradas e misturadas com água para ser utilizada em hortas e plantas que necessitem de um controle de pragas.
A aluna também avisa que a solução deve ser feita e aplicada no mesmo momento: “o inseticida pode ser feito em casa, mas deve ser aplicado na mesma hora para não perder sua validade e eficácia.”
Planta multifuncional
O cravo de defunto ou cravo-amarelo, como é chamado normalmente, é uma planta originária do México. Recebe esses nomes por causa da sua coloração amarelada e por ser utilizada para decorar velórios na Antiguidade. Os estudantes, José Roberto Cedro, de 21 anos e Júlio César Gonçalves, de 22 anos, destacam que “atualmente a planta é reconhecida por suas diversas utilidades, que podem ir desde chás feitos a partir da sua raiz até corantes produzidos com suas pétalas”.
Estudantes testam o inseticida com cogumelos