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Alunos de Letras simulam debate diplomático da ONU

A atividade de Língua Inglesa e Oralidade foi realizada na última quarta-feira (30), na sala Insight do Bloco F.

Por Kauã Bueno (Agência Focas – Jornalismo Uniso)

Os alunos do 5º período de Letras escolheram representar países de língua inglesa nativa – Austrália, Canadá, Inglaterra, Índia, Escócia, África do Sul e Estados Unidos – em uma simulação de debate da ONU, além de um grupo assumindo o papel de mediadores, representando a própria organização. O objetivo da proposta foi estimular o uso do inglês em situações práticas e realistas.

 
Daniela Zanella é a professora responsável pela dinâmica e relata como surgiu essa ideia. “Na semana retrasada estávamos trabalhando a disciplina ‘Metodologias e Estratégias de Ensino’, que busca aprimorar a oralidade em sala de aula. Eu atuo com uma perspectiva socio-histórica e cultural, na qual o ‘brincar’ é uma ferramenta que potencializa o desenvolvimento e o posicionamento dos alunos. Dentro dessa lógica, propus que eles pensassem, como professores, em uma brincadeira que incentivasse o uso prático da oralidade nas aulas de inglês do ensino fundamental II ou médio. E assim nasceu a ideia de simular uma conferência da ONU.”

Toda a atividade foi conduzida em inglês, incluindo a abertura do evento, a explicação das regras e a mediação das falas. Cada grupo teve três minutos para apresentar as propostas de seu respectivo país sobre o tema central.

Elementos como o uso de um martelo para marcar o tempo e a exigência de levantar bandeiras para pedir a palavra reforçaram a ambientação diplomática da simulação.

Após a primeira rodada de apresentações, os estudantes iniciaram o debate, no qual podiam solicitar a palavra e dialogar entre si.

As discussões abordaram temas como colonização, questões indígenas, políticas de inclusão e diversidade, além do impacto de mudanças de governo em países como os Estados Unidos.

“Nosso grupo teve muita dificuldade, principalmente por ser um país [Estados Unidos] que não compartilhamos as mesmas opiniões, então fizemos a pesquisa sabendo que teríamos de partir de ideias que definitivamente não concordamos.  […] Atingimos nosso objetivo que era representar a opinião desse país, entramos em um personagem”, relata Isabella Fabozzi, representante do grupo dos Estados Unidos.

Representando a África do Sul, Guilherme Völker Roza, expressa a sua satisfação em relação ao trabalho. “Estamos dialogando bastante, entre nós e com os outros grupos, mesmo tendo um pouco de dificuldade com o idioma inglês, estamos nos saindo muito bem e conseguindo propor nossas ideias.”

No final, os grupos se reuniram para elaborar seu parecer final sobre o objetivo proposto pela ONU. Em seguida, os participantes votaram nas propostas apresentadas, escolhendo — com exceção da própria — aquela que consideravam mais coerente com a missão da ONU e os princípios debatidos.

A proposta da África do Sul foi a mais votada. O encerramento da atividade ocorreu com a leitura do relatório final, feita pelas alunas responsáveis pela mediação.

“Foi a primeira vez que fizemos algo desse tipo e foi uma experiência muito divertida e educativa. Tivemos que correr atrás de procurar e entender como funcionava uma conferência, uma simulação desse tipo, e esse foi um tipo de experiência muito legal aqui na Universidade”, conta Isabelle Moraes, mediadora e uma das idealizadoras da atividade.

Isabelle fala sobre a ideia da atividade e as expectativas superadas. “O meu grupo ofereceu essa ideia em sala de aula, os alunos e a professora gostaram e decidiram fazer uma aula em torno disso. No começo eu não achava que daria tão certo assim, talvez o pessoal não se empenharia tanto, mas com o passar da atividade foram engajando, foram dando umas ‘bicadas’ um no outro, e vão querendo discutir junto, então acaba ficando muito legal e com todo mundo engajado traz uma experiência ainda mais divertida e mais proveitosa para todos.”

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