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SEMANA DA COMUNICAÇÃO Aldo Valério mostra cotidiano de um repórter fotográfico

Foto:  Rafael Einsinger

Experiência e conhecimento envolveram, nesta terça-feira (5), o segundo dia da Semana de Comunicação. Alunos de Jornalismo puderam acompanhar o uso da imagem no meio jornalístico. Há mais de 20 anos no mercado, o chefe de fotografia e repórter fotográfico do Jornal Cruzeiro do Sul, Aldo Valério, passou aos participantes da oficina situações e acontecimentos em que o profissional deve estar atento.

Favorável à ideia de que quanto mais denúncia tiver é melhor, Aldo relatou sobre sua experiência profissional e mostrou fotos em diferentes casos, que abordam desde casamentos até tragédias. Assuntos sobre direitos autorais também ganharam destaque no bate-papo, quando fotógrafo disse que fotografar é guardar uma situação para ser contada amanhã.

Aldo motivou os alunos para que sempre haja o desejo de fazer o melhor trabalho, ainda mais quando há tecnologia à disposição, facilitando a vida do profissional. Contudo, ressaltou que é a pessoa que faz a foto e não um simples apertar de botão.”Eu nunca fiz a melhor foto da minha vida, meu trabalho acaba quando o jornal está na banca.”

Confira entrevista com Aldo Valério:
Qual foi sua maior dificuldade no começo da carreira como fotojornalista?
Aldo – Acredito que minha maior dificuldade foi o medo de tentar. Antes de entrar para a área jornalística, eu trabalhava com o antigo “binoclinho”, pequena caixa com uma lente para ver retratos, porém nunca tive medo de levar “broncas”. Isto faz parte da vida. Já tive fotos que foram bloqueadas, não porque o editor não gostou, mas pelo fato de serem muito fortes. Um exemplo foi o caso da “Menina do Piolho”, de 1988.

Ao chegar a um lugar, todo equipado, com câmera e acompanhado de repórter, alguma vez a cena do fato mudou devido à presença da imprensa?
Aldo – Sim, sim. Em perseguição policial é normal. O fotógrafo coloca respeito quando chega ao local.

Foto:  Rafael Einsinger

Em Sorocaba não há apenas profissionais do Jornal Cruzeiro do Sul. Como é a relação com fotojornalistas concorrentes?

Aldo – Pois bem, quanto mais pessoas trabalhando, sua obrigação de fazer o melhor aumenta.

Em  meio a acidentes e partidas de futebol, qual foi o fato mais marcante que você já cobriu?
Aldo – A visita do, agora, papa emérito Bento XVI ao Brasil, em 2007.

Em sua demonstração aos alunos, você disse que a tecnologia facilitou bastante a vida do profissional. Quais seriam os pontos desta ajuda?
Aldo – O principal auxílio é na parte da velocidade, coisa que antes, quando se usava filme, não podíamos contar com este benefício. Fora isso, dá um melhor resultado no trabalho.

Em toda sua carreira, há ou houve alguém em que você se espelhou ou segue como exemplo?
Aldo – Tinha um fotógrafo, o J.A. Tibério. Ele era de um jornal de Piracicaba. Eu achava legal seu trabalho.

  Com toda a experiência que você tem no campo da fotografia, ainda mais no jornalismo, qual a orientação que deixa aos iniciantes?

Aldo – Ser perseverante, pois nada é fácil. E sempre lembrar que está mexendo com história, está mexendo com o mundo.


Lucas William Machado Alves (AgênciaJor/Uniso)

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