Música e Comunicação
Pesquisadora aborda o samba em trabalho científico
A mestranda Jéssica Bastida Razl em sua defesa de Mestrado
Foto: Taiane Avalos
O samba foi assunto de uma defesa do Programa de Mestrado em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba. Na sexta feira (28), a pesquisadora Jéssica de Almeida Bastida Razl apresentou o tema: “O samba como processo comunicacional nos jornais A Folha da Manhã e A Folha da Noite, de 1930 a 1935”. Estavam presentes na banca, a orientadora Miriam Cristina Carlos Silva, o professor da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Herom Vargas Silva e o coordenador do Programa de Mestrado da Uniso, Paulo Celso da Silva.
De acordo com Jéssica, o tema surgiu da união entre cultura e comunicação, “Eu gosto do samba desde criança. Queria uni-lo a algum veículo de comunicação e, como sou jornalista, optei por unir o samba à comunicação”, afirma a mestranda.
O objetivo foi encontrar os elementos que caracterizam o samba como processo comunicacional e cultural. Além dos teóricos utilizados na parte escrita do trabalho, Jéssica buscou outras fontes que contribuíram para a construção de observação como “Os batuqueiros de Tietê”, precursores do samba rural, a cantora Alice Brandão e o músico Renato Dias.
O método de pesquisa começou na clipagem dos jornais “A Folha da Manhã” e “A Folha da Noite”, antecessores do jornal “Folha de S. Paulo”. Foram 42.209 exemplares analisados com a finalidade de encontrar notícias sobre o samba e cantores da época.
Segundo Jéssica, a conclusão foi que as matérias de jornal referentes ao samba paulista eram muito raras e que geralmente as pautas sobre samba eram atreladas a notícias sobre roubos, comércio, carnaval e golpes. “Apesar de o estudo ter voltado para o carnaval eu não gosto muito de carnaval porque virou comércio”, conta.
O trabalho científico também mostrou que, diferente do samba mostrado na televisão e no rádio, o samba daquela época denunciava problemas do povo, característica da cultura popular. Outro aspecto estudado por Jéssica foi o samba carioca, mais mencionado e valorizado em meios de comunicação por conta do padrão de cultura histórico imposto pela indústria cultural.
Os integrantes da banca:Coordenador Paulo Celso, orientadora Miriam Cristina Carlos Silva e convidado, o professor Herom Vargas Silva
Foto: Taiane Avalos
Larissa Cirineo Rodrigues (Agência/Jor)
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