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Desafios e prazeres da leitura

No Brasil, o número de leitores subiu 6 pontos percentuais entre 2011 e 2015, mas, apesar desse crescimento, o número de brasileiros que não possuem o hábito de leitura passa dos 40% da população, segundo o Instituto Pró-Livro. 
A pesquisa mostrou também que o brasileiro lê apenas 4,96 livros por ano. Trinta por cento dos entrevistados nunca compraram e 67% não tiveram uma pessoa que os incentivasse a ler no decorrer da vida, dado que possivelmente explica a falta do hábito da leitura.
Comemorado em 18 de abril, o Dia Nacional da Literatura Infantil marca o nascimento do escritor brasileiro Monteiro Lobato, precursor da literatura infantil no país. Em busca de informações sobre a formação dos leitores, o Focas na Rede foi conversar com alguns alunos e professores da Universidade de Sorocaba para saber quais são seus hábitos quando o assunto é leitura. 
Alguns alunos são fascinados por livros de sua área, como o mestrando em Comunicação e Cultura, André Luís. Leitor assíduo desde a infância, agora tem o costume de ler de dois a três livros na semana. Seu último livro foi o volume 5 Peirce Collected Papers. Assim como Luís, a aluna de Publicidade e Propaganda, Milena Moura, desde criança gosta de ler sobre tudo. Seu último livro foi A casa do penhasco, de Agatha Christie, uma de suas autoras preferidas. 
 Pedagoga Maria Maia da Cruz Clarke
Infância
A estudante de Jornalismo, Maria Maia da Cruz Clarke, graduada em Pedagogia e formada em Radialismo e Locução, atualmente trabalha com crianças e acha de extrema importância o incentivo à leitura na infância. A pedagoga procura apresentar obras de autoras como Ana Maria Machado, Eva Furnari, que trabalha com alguns livros de imagens, e Ingrid Biesemeyer Bellinghausen, autora da coleção “O Mundinho”, que aborda vários assuntos em uma linguagem acessível às crianças. Clarke diz que a falta de leitura está muito ligada à falta de tempo dos pais. Descobrir que tipo de leitura interessa aos pequenos também é uma boa maneira de incentivá-los a ler, segundo Clarke, pois, além de livros, podem ser oferecidos gibis e revistas.
Para ela, medidas como essas ajudariam no combate ao baixo índice de leitores. Por isso, ela procura sempre fazer com que seus alunos levem livros para casa nos finais de semana, com o intuito de criar o hábito de lerem com seus pais.
 Professora do curso de Português, Paula Valelongo
Para a professora da Universidade de Sorocaba, Paula Valelongo, graduada em Letras e mestra em Educação, o problema não a falta de leitura, pois, com a internet, esse processo fico muito mais dinâmico, mas sim o conteúdo.
 Segundo Valelongo, os livros vêm perdendo lugar para atividades como assistir televisão e jogar videogame, e a leitura acaba sendo vista como uma obrigação, e não como prazer. Uma saída, de acordo com a professora, seria a mudança dessa visão,  a partir da leitura de pequenos livros ou e-books, com assuntos de interesse do leitor.
Projeto
Na Uniso, muitos entrevistados não só apenas leitores, como possuem projetos relacionados a livros.
A aluna de Biomedicina, Isabella Kurokawa Sanches, começou pelos gibis e atualmente lê os mais diversos gêneros.
A estudante possui um projeto que nasceu da sua paixão pela leitura, iniciado como Instagram literário, onde compartilhava suas opiniões sobre livros. O projeto cresceu e agora está presente em outras redes sociais. Com mais de 11.300 seguidores) no Instagram (@umlivroaposooutro), Sanches posta fotos de livros, recomendando-os, e faz resenhas, trabalho similar ao realizado em seu canal no Youtube (Um Livro após o outro). Nessa plataforma, procura sempre fazer parcerias com outras youtubers. Ela já organizou um encontro na cidade de Sorocaba com a participação de outras instagramers, e disse que tem planos de organizar outros encontros e um clube de leitura.
 Aluna do curso de Biomedicina Isabella Kurokawa
Texto: Eduardo LIra e Vivian Piloto/AgênciaJor 
Fotos: Eduardo Lira e Vivian Piloto/AgênciaJor // site autofalanteuniso.com

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