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Assédio e feminismo foram discutidos por alunos na UNISO

“A importância do feminismo” foi tema da roda de conversa na última sexta-feira, dia 13, por alunos da Universidade de Sorocaba. O grupo se reuniu durante o intervalo para discutir questões sociais que envolvem o público feminino e sua participação na sociedade. Durante 20 minutos, como sugere o movimento “20 minutos de debate” os participantes puderam expor ideias e sugerir melhorias no ambiente estudantil para que mulheres não se sintam assediadas ou diminuídas.
A conversa contou com a participação da professora e antropóloga Fina Tranquilin que apoiou a iniciativa de se debater feminismo e empoderamento. Durante o bate-papo, os alunos dividiram experiências sobre o tema e abordaram como se posicionar dentro da faculdade pontuando questões que envolvem mercado de trabalho, cultura machista, falta de informação sobre o feminismo e o descaso com questões que envolvem os direitos da mulher dentro da sala de aula, ressaltando que o assédio também ocorre de maneira psicológica. “O assédio na universidade é sério e acontece não só aqui mas também fora dessa esfera, precisamos começar a nos proteger, temos que denunciar quando somos assediadas. Precisamos nos fortalecer fazendo uma rede de proteção das mulheres, assim como os homens que estiverem a nosso favor para nos proteger desse tipo de coisa”, declarou a professora Fina, que também ressaltou a importância de se posicionar contra brincadeiras que subestimem a capacidade intelectual da mulher. O feminicídio de Patrícia Koike que ocorreu no dia 9 de abril, brutalmente assassinada pelo namorado, foi citado durante a roda de conversa para ressaltar a importância da discussão sobre o tema.
O “20 minutos de debate” foi criado por alunas do curso de Jornalismo, com o intuito de debater assuntos que dificilmente são abordados dentro do ambiente acadêmico. “A gente sentiu a necessidade de ocupar um espaço aqui na universidade que é nosso, e conversar sobre temas atuais  que interessem e que fazem a diferença na vida das pessoas”, contou Caroline Queiróz Tomaz, 20, aluna do 5º semestre de jornalismo e uma das fundadoras do movimento. O grupo que se reúne na meia-lua do bloco B pretende nos próximos encontros abordar assuntos como a atual crise constitucional, as eleições de 2018, questões LGBT, raciais, além de mais temáticas relacionadas ao feminismo.
Carolina, uma das criadoras da roda de conversa
Texto: Évelyn Azevedo/AgênciaJor
Foto: Miriã Almeida/AgênciaJor

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