Coletivo Sinta: o sentimento da moda

O coletivo foi inicialmente desenvolvido por Carol Secatti, consultora de estilo e Aline Vito, designer de moda. Em seguida, entraram para completar o grupo, Bruno Almeida Maia, filósofo e escritor, Talita Rennó, fotógrafa e a consultora de estilo Cristina Valesin. Posteriormente, em uma parceria com o Lab Fashion, gravam as entrevistas para o Sinta.

O canal feito para pensar a moda a partir de uma outra perspectiva teve inspirações em obras de Zygmunt Bauman, como “Modernidade líquida” e uma exposição do estilista Jum Nakao, feita para a São Paulo Fashion Week de 2004, intitulada “Costura do invisível” em que ele faz uma crítica sobre a moda, ao fazer um desfile com roupas de papel. O nome do coletivo “Sinta” sugere sensações, sentimentos. Segundo Carol Secatti, falta algo na moda, assim como em todas as relações sociais. “A superficialidade das relações, a objetificação de tudo, a liquidez das relações nos mostram a importância de dialogar sobre a moda, o consumo, focar nas pessoas, nos indivíduos”. “A moda não é só roupa, tem toda um questão social”, completa Aline.

Aline Vito, que além do canal, tem um projeto paralelo com uma marca de moda plus size sustentável, conta que foram dois anos de projeto apenas no papel, e só recentemente trouxeram isso para a prática. “Para sair o primeiro vídeo, que é o mais curto do canal, de dois minutos, foram horas e horas de gravação, porque é muito difícil, é uma coisa que a gente nunca tinha feito”, comenta.

De acordo com elas, a proposta do canal é levar para as entrevistas, pessoas que tenham propósitos com a moda. “O Sinta é onde os sentimentos se manifestam”, exprime Carol. O objetivo delas é de que o canal permaneça ativo e sendo mantido com conteúdos pelo menos durante um ano. A relação da moda com a gordofobia e gênero são alguns dos temas já abordados pelo canal Sinta, que possui 34 inscritos e 15 vídeos postados, em dois meses de existência.