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Traçando caminhos: Histórias de futuros agentes de mudança

Por Gabriela Dias (Agência Focas – Jornalismo Uniso)

Fundada em 15 de setembro de 1994, a Universidade de Sorocaba (Uniso) é uma instituição comunitária reconhecida por sua excelência acadêmica, com nota 5 no MEC (Ministério da Educação). Desde então, formou mais de 55 mil profissionais, oriundos de diversas cidades situadas em um raio de 100 quilômetros ao redor de Sorocaba, onde a Uniso está sediada.

Diariamente, estudantes circulam pelos corredores, pelas cantinas, pela biblioteca e por diversos outros espaços da instituição. Mas, afinal, quem são esses alunos? Como chegaram à Uniso? Quais são seus planos para o futuro?

Os cursos da área de comunicação são conhecidos por formar profissionais que se destacam por sua capacidade de gerar impacto — seja por meio do Jornalismo, Publicidade e Propaganda ou Relações Públicas. Beatriz Jarins (24), jornalista recém-formada, escolheu o curso exatamente por esse motivo — ou pode-se dizer que o curso a escolheu. Essa conexão e vontade de contar histórias começou de forma espontânea ao iniciar um trabalho voluntário na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Mairinque (SP), sua cidade natal. “Eu percebi que eu gostava ainda mais de ajudar as pessoas, tentar esse lado mais humanitário, e eu fazia a comunicação interna deles, então, meio que eu já estava fazendo assessoria [de imprensa], comunicação interna, sem saber”, comenta.

No segundo semestre de 2020, um novo ciclo começou na vida de Beatriz. Apesar dos desafios impostos pela pandemia, ela não deixou de lutar pelos seus novos objetivos. As aulas eram virtuais, mas a expectativa de finalmente viver a experiência presencial na universidade era enorme: conhecer os professores e colegas pessoalmente, além de poder utilizar os estúdios de rádio, televisão e fotografia.

Diversas aulas marcaram sua vida acadêmica, como a primeira vez que comandou, ao vivo, um período na Rádio Uniso — com orientação da professora doutora Mara Ferreira Rovida — e as aulas de fotojornalismo, guiadas pelo professor doutor José Ferreira da Silva Neto, que a inspiraram a escrever um livro-reportagem para seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). “Na apresentação do trabalho em si, eu não conseguia apresentar, porque eu ficava chorando. E aí eu percebi que as pessoas que estavam assistindo também estavam chorando”, compartilha.

A iniciativa de registrar sua avó cozinhando tomou grandes proporções e se transformou no livro EnvelheSer. Toda a obra foi pensada para homenagear seus avós e representar os próprios idosos de forma poética e ética. Para a separação dos capítulos, a ideia foi dividir cada história em uma estação do ano: “No inverno é mais triste, no outono é mais duro, no verão é mais alegre.”

Thiago Rizan, Mara Rovida, Beatriz Jarins e Evenize Batista, respectivamente, no dia da apresentação do TCC – Foto: Gustavo Monteiro

Além disso, o livro finalmente ganhou o mundo ao ser publicado no Dia Internacional do Idoso, 1º de outubro. Os leitores interessados podem acessar o site oficial (beatrizjarins.com/envelheser) para ler o e-book e fazer o download.

Beatriz Jarins e seu exemplar físico de EnvelheSer – Foto: Gabriela Dias

Vitor José Silva (19) é um relato daqueles que nos surpreendemos ao ouvir. Sua meta é ser jornalista esportivo — e, para isso, ele já tem feito escolhas que demonstram sua dedicação e determinação em tornar esse sonho possível.”

Estudante em sua cobertura dos Jogos Olímpicos de 2024 – Foto: Arquivo pessoal

Entre julho e agosto do ano passado, foram realizados os Jogos Olímpicos de Paris 2024, uma edição que contou com feitos inéditos — e Vitor esteve lá para documentar tudo. Ele diz que todas as dificuldades se tornaram aprendizados e expressa orgulho dessa parte de sua trajetória: “Eu estava no 1º semestre, então muito do que fiz, eu tive que fazer por mim mesmo e pelos meus cursos externos. Mas, ainda assim, matérias como ‘Linguagem Jornalística’ me auxiliaram muito, principalmente ao redigir as matérias escritas — uma delas veiculada na FOCAS [Agência Experimental de Jornalismo da universidade]”.

A Uniso é vista pelo futuro jornalista como uma instituição bem estruturada, com colaboradores sempre dispostos a ajudar. Inicialmente, sua meta era estudar fora do país, fazendo vestibulares para universidades internacionais. No entanto, devido aos altos custos, ele decidiu priorizar instituições em Sorocaba (SP) e, após pesquisar, escolheu a Uniso por atender aos requisitos de uma boa faculdade de Jornalismo na região.

Enquanto isso, Larissa Almeida (22), estudante de Publicidade e Propaganda, escolheu a Uniso porque os cursos de comunicação tinham boa reputação na região.

Larissa Almeida no Campus Cidade Universitária – Foto: Gabriela Dias

“Não tenho metas muito concretas a longo prazo, isso ataca minha ansiedade, mas tenho algumas metas que já foram atingidas pela minha experiência acadêmica. Definitivamente, essas experiências não são suficientes para atingir as maiores, como conquistar um Leão de Cannes”, compartilhou, de maneira sincera.

A Universidade de Sorocaba é um espaço acadêmico, mas os alunos não se sustentam apenas com os estudos; as amizades são de extrema importância nesse ambiente. Larissa concorda ao afirmar: “As pessoas que conheço e os grupos que faço parte, diariamente, me proporcionam histórias incríveis.” Para ela, cada conexão traz vivências e aprendizados.

Assim como Beatriz Jarins, para Giulia Araki (21), estudante de Publicidade e Propaganda, a ideia era estudar algo diferente do que a vida acabou indicando. Inicialmente, ela tinha em mente estudar Cinema ou Audiovisual, mas, devido à escassez desses cursos na região, ela optou por Publicidade e Propaganda.

Giulia Araki em frente ao 4hub – Foto: Gabriela Dias

Alguns trabalhos ajudaram a aluna a unir seus sonhos, como ao realizar um documentário em que ouviu diversas histórias — felizes e tristes — da Cidadania Reviver, uma ONG dedicada a idosos em busca de bem-estar, saúde ou apenas um lugar acolhedor. “Mas uma pessoa que eu nunca vou esquecer é a própria fundadora da instituição, Mitie. O que mais me impressiona é a sua disposição e energia, mesmo com mais de 90 anos. Ela viaja sozinha com seu carro para competir em campeonatos esportivos, e esse seu amor pelo constante movimento é o que transforma a ONG em um lugar tão especial para tantas pessoas”, conta Giulia.

Laura Machado (20), estudante de Jornalismo, recebeu o certificado de Aluno TOP pelo seu desempenho no segundo semestre de 2023. O prêmio celebra e reconhece os estudantes que se destacam pela dedicação acadêmica a cada período letivo.

Laura Machado na cerimônia do Aluno TOP, que aconteceu em abril de 2024, na Universidade de Sorocaba – Foto: Syllos Eventos

Laura comenta que ficou surpresa ao receber o e-mail, mas diz que o reconhecimento significou muito, especialmente após um semestre em que se dedicou intensamente aos trabalhos. “Eles fazem uma cerimônia bem legal, que faz você se sentir importante. Eu realmente me senti parte da instituição”, comenta.

A Universidade de Sorocaba é, sem dúvida, um espaço de crescimento acadêmico — mas também é um lugar onde sonhos se constroem, histórias se cruzam e futuros profissionais se formam com a certeza de que estão prontos para transformar o mundo ao seu redor.

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