Um jornalista para chamar de seu
Por Gabriela Vasconcelos e Giuliana Ribeiro (Agência Focas – Jornalismo Uniso)

Em um mundo onde a informação circula em velocidade recorde, o papel do jornalista segue como um dos pilares mais essenciais da sociedade. Por trás de cada manchete, há um rosto, uma voz e uma assinatura que carregam consigo a responsabilidade de narrar fatos, desbravar histórias e traduzir a complexidade da realidade. Mas quem são esses contadores de histórias que dedicam suas vidas a ouvir e contar as histórias dos outros?
Ser jornalista é, antes de tudo, um ato de paixão. Por trás de cada grande história, há profissionais dedicados. E, entre eles, alguns nomes transcendem suas redações, tornando-se ícones que inspiraram gerações. Esses ídolos jornalistas não apenas narram os acontecimentos: eles moldam a história.
Para muitos, ter “um jornalista para chamar de seu” é encontrar em alguém um modelo de coragem e inspiração. Personalidades como Cláudia Cruz, conhecida pela elegância com que apresentava fatos no início dos anos 90, ou Caco Barcellos, mestre do jornalismo investigativo e autor de obras que expõem as camadas mais profundas das injustiças sociais, mostram como o trabalho pode impactar vidas e transformar sociedades.
Para os jovens estudantes e profissionais em formação, admirar um jornalista é buscar inspiração para seguir em frente mesmo diante das adversidades. Ver alguém que superou desafios e consolidou seu espaço é uma força motivadora. É o caso de João Vitor Ferretti de Godoi, estudante de Jornalismo na Universidade de Sorocaba (Uniso). Através das transmissões de jogos de futebol e inspirado pelo repórter Arthur Quezada, João compartilha sua admiração pelo profissional da comunicação.
Seria um grupo específico de profissionais, os correspondentes da TNT Sports, mas se tiver que especificar um, é o Arthur Quezada, conta. Gosto muito de ouvi-lo falando sobre as notícias, pois se expressa com seriedade quando necessário e com bom humor quando possível. Além disso, sinto que ele explica as coisas de forma clara, sem muita “firula”, o que ajuda na compreensão do espectador. Gostava muito de um programa que ele tem em seu canal no YouTube, chamado “Gelada com Quezada”, em que responde perguntas enviadas por seus seguidores por meio de uma caixinha semanal no Instagram, conclui.
Ter um jornalista como ídolo é mais do que admirar um trabalho bem feito: é encontrar alguém cuja trajetória ressoa com seus próprios valores e aspirações. Quem é o seu ídolo?
Talvez seja alguém que se emociona ao contar histórias em profundidade, como Eliane Brum, ou alguém que refletia constantemente sobre o papel da mídia, como Ricardo Boechat — cuja lucidez e senso de humor ainda são lembrados com carinho e respeito.
Os jornalistas que se tornam ídolos são também agentes culturais. Glória Maria, pioneira que abriu portas para mulheres e pessoas negras na TV brasileira, tornou-se símbolo de representatividade. Com reportagens e viagens que exploraram o mundo, Glória inspirou pessoas de todas as idades a sonhar mais alto e ultrapassar suas próprias fronteiras.
A força desses jornalistas não está apenas na técnica ou no reconhecimento, mas na capacidade de lembrar aos estudantes que o jornalismo é, acima de tudo, um serviço à sociedade. Seja no palco das grandes reportagens ou nas salas de aula, o legado desses profissionais mostra que inspirar é tão essencial quanto informar.
E, para os jovens que sonham em transformar o mundo com palavras e histórias, exemplos como esses são o primeiro passo para uma carreira que une propósito e impacto.