“12º Open Design Uniso”: Palestras e start-ups marcam último dia do maior evento de design da região

Na última sexta-feira 15 de junho, a temática do evento foi “Visualize seu Negócio”, onde Alexandre Lucas e Renata Steffen, designers editoriais e fundadores da empresa de conteúdo visual Laboota, apresentaram uma palestra a respeito do “Visual Thinking”. 

“Visual Thinking é um jeito do designer pensar o visual com conteúdo. Cada tipo de cor ou tipografia carrega um significado com ele; a cor é um conteúdo, assim como os desenhos, o design, a tipografia etc.”, ilustra Renata Steffen, especialista em conteúdos visuais que já foi editora de arte da revista Superinteressante.

A Laboota (Laboratório de Conteúdo Visual) é um estúdio especialista em conteúdo visual para todas as mídias que utiliza conceitos de design gráfico, infográficos e editoriais. Os convidados compartilharam suas experiências do mercado com os presentes na palestra.

“Propomos trazer a reflexão da filosofia de quem trabalha com o áudio visual, não somente o designer em si, mas quem também faz vídeos, fotografias; e com isso fazer que o designer saia da abstração estética, e comece a transformar a intenção de seu trabalho em conteúdo, traduzindo através da imagem algum momento vivido por ele, algum acontecimento vivido por ele, e sem perder o conteúdo.” Explica Alexandre Lucas, diretor de criação da Laboota que tem em seu currículo ter sido diretor de arte da revista Época.

Antes da palestra sobre Visual Thinking foram apresentados dois projetos de start-ups da cidade de Sorocaba. Carla Salles, professora de Design e organizadora do evento, evidenciou a variedade de palestras: “Este ano, a variedade de temas nos levou a ampliar o evento para o público externo, não restringindo apenas aos alunos da área”. 

A start-up Hangarar é a primeira start-up de serviços aeronáuticos no Brasil. Através de seus prestadores, é possível contratar serviços de alugar hangares para guardar aviões e até contratar limpeza especializada para aeronaves.

Larissa Dantas e Danilo Plens sócios-fundadores explicam o que fazer quando se tem uma ideia de start-up e o que fazer com ela: “Meu sócio Danilo trabalhava no aeroporto de Sorocaba e começou a observar padrões no mercado que precisavam de um elo, algumas coisas não estavam girando tanto negócio quando podia ser gerado, a partir disto fizemos uma pesquisa profunda de mercado que acabou se transformando na Hangarar em 2018”, diz Larissa Dantas.

  “A ideia para uma start-up acontece e você tem que aproveitar, fazer, buscar ajuda, existe muito suporte do Sebrae e outros projetos que validam se o seu negócio dará certo ou não”, completa Danilo Plens.

A outra start-up foi de empreendedorismo social “Frutos do Amor” fundada pela ex-aluna da Uniso e professora de Comunicação Empresarial, Isadora Prates. A start-up tem o objetivo profissionalizar uma instituição ou organização a ter mão de obra capacitada, e que possam com as próprias mãos ter sustentabilidade financeira.

 “Toda vez que falamos de uma pessoa que pensou em ter uma organização da sociedade civil, ela é muito isolada e até mesmo chamada de fantasiosa. O que comecei a observar é que histórias de pessoas que acreditam e que possuem um ideal podem sim ter uma assessoria para que elas possam fazer o trabalho com dignidade. Se não possuem recurso financeiro acabam parando com os trabalhos ou minimizando os atendimentos. Agora, estamos em um projeto que valoriza o conhecimento de estagiários chamado “Empresários do Bem”, que contrata estagiários e os capacita com cursos de inglês e desenvolvimento pessoal.

O modelo do evento foi aprovado pelos alunos de Design, como Brenda Marques, do segundo semestre, “as palestras de todos os dias do evento abriram meu olhar de como me estabelecer no mercado de design, sem perder minha identidade e mantendo minha característica de arte mesmo com as ideias propostas pelo cliente”.

 “O foco do evento é aproximar os alunos do mercado de trabalho. Normalmente este evento é realizado com profissionais de São Paulo e Rio de Janeiro em que os alunos não possuem contato, para que haja a troca de informação entre os profissionais atuantes no mercado e os estudantes, para assim ampliar a visão sobre sua profissão, finaliza Carla Salles.