30 ANOS DE JORNALISMO UNISO E O DIA DO REPÓRTER
1995. Como era o Brasil nesse ano? Podemos dizer que era muito diferente do de hoje, mesmo assim era “muito louco”. Como bom sambista e corintiano que sou, a primeira coisa que me vem à mente olhando para essa época é o Samba-Enredo da Gaviões da Fiel “Coisa boa é para sempre”. Você já deve ter ouvido por aí alguma vez:
Me dê a mão, me abraça
Viaja comigo pro céu
Sou gavião, levanto a taça
Com muito orgulho, pra delírio da fiel
Mais informações sobre 1995:
- Fernando Henrique era o presidente da república;
- O Rock n’ Rio completava 10 anos;
- Havia sido inventado o DVD;
- O Foo Fighters lançava o seu primeiro álbum;
- Os Raimundos lançavam o icônico disco Lavô Tá Novo.
- Os Mamonas Assassinas, no auge do sucesso, eram disputados domingo a domingo pelos programas televisivos do Gugu e do Faustão.
- Nos churrascos e aniversários de fim de semana só tocava o pagode do Grupo Raça;
- Enquanto os estrangeiros se emocionavam com músicas como “Have You Ever Really Loved A Woman” (Bryan Adams) e “Kiss From A Rose” (Seal), a gente dançava “Eu me amarrei” de João Paulo e Daniel e ria da música Lá Vem o Negão do grupo Cravo e Canella;
- Naquele tempo o Jornal Nacional era comandado por Cid Moreira e o Fantástico, por Fátima Bernardes.
Mas o que você que lê neste momento pode estar se preocupando é qual o motivo de eu falar dessa data. Te digo: é que em 1995 começava a primeira turma de Jornalismo da Universidade de Sorocaba.
Durante essas três décadas, centenas de estudantes se tornaram profissionais da notícia. O curso sobreviveu à chegada da internet, às discussões sobre a obrigatoriedade do diploma e aos ataques de um presidente da República, fatores estes que, segundo algumas pessoas, seriam fatores que contribuiriam para a morte do jornalismo. Mas como disse em aula uma vez o professor Marcel Marques, “o jornalismo jamais acabará, pois ninguém sabe contar histórias como um jornalista sabe”.
Tendo laboratórios de rádio, Tv e fotografia com equipamentos de alta qualidade, o curso de jornalismo da Uniso é um dos mais renomados da nossa região metropolitana de Sorocaba/SP. E por obra do maravilhoso editor da vida, o destino, hoje o curso possui como sua coordenadora uma pessoa que se formou na 1ª turma em 1998: a professora Evenize Batista. E por trabalho de destino também, o curso completa 30 anos no mês em que comemoramos o dia do repórter, em 16 de fevereiro.
Jamais esquecerei da primeira vez em que assumi essa função, na agência Focas na Rede, na reportagem “Sorocaba marca posição no mapa da cerveja artesanal” (https://focas.uniso.br/index.php/2019/11/06/sorocaba-marca-posicao-no-mapa-da-cerveja-artesanal/). Desde pequeno, sempre admirei a figura do repórter. Minhas primeiras lembranças são dos tão temidos repórteres policiais Jacinto Figueira Junior (o Homem do Sapato Branco) e Gil Gomes (lembro de suas narrações carregadas de terror no rádio e no antigo telejornal Aqui Agora do SBT).
Passando pelos grandes furos de reportagem de Roberto Cabrini e Caco Barcelos, a classe e a descontração de Glória Maria e Sandra Annenberg, figuras que começaram como repórteres de campo de futebol antes da fama como Faustão, Datena e Galvão Bueno e as posturas clássicas de Cid Moreira, Bóris Casoy e Heraldo Pereira, a figura emblemática do repórter fará parte da história da comunicação, e copiando uma fala do filme Gladiador, “ecoará por toda a eternidade”.
Parabéns, Jornalismo Uniso!
Parabéns a todos os repórteres desse mundo!
Obrigado por me deixarem falar um pouco de suas histórias e por fazerem parte da minha!