Uniso é convidada para lançar a campanha “Todos Contra a Hanseníase”
A Universidade de Sorocaba (Uniso) foi convidada pela Sociedade Brasileira de Hansenologia para aderir e implantar a campanha nacional “Todos Contra a Hanseníase”. O evento aconteceu no dia 25 de abril, na Cidade Universitária. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil é segundo país com maior índice de pessoas com a doença.
Dra. Sandra Quilinato, orientando sobre a doença
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O evento de lançamento da campanha envolveu os cursos de Terapia Ocupacional, Arquitetura e Urbanismo, Sistema de Informações e Jogos Digitais. O objetivo principal da campanha é conscientizar a população sobre a prevenção e o tratamento da hanseníase, visando à redução dos casos no país. Durante a palestra, além das orientações, foram distribuídas cartilhas educativas, realizados testes de sensibilidade para os alunos, demonstração do painel interativo com o aparelho kinect, aplicativo desenvolvido para uso de pessoas com diminuição ou perda de sensibilidade, dentre outras atividades informativas.
Interação com as mãos para auto cuidados |
Para a Professora e Coordenadora do curso de Terapia Ocupacional da Uniso, Lilian de Fátima Zanoni, a campanha abriu uma possibilidade de intervenção para os alunos da área da saúde, que podem contribuir para repassar as informações à comunidade de Sorocaba e região. “Temos o serviço de Hanseníase em Sorocaba, mas a doença ainda é bastante desconhecida”, relata.
A Dermatologista Sandra Quilinato, responsável pelo Ambulatório da Hanseníase em Sorocaba, conta que os cuidados para evitar a doença caíram no esquecimento, daí o número de casos estar crescendo. “A ideia é resgatar a importância do diagnóstico para ver se conseguimos diminuir o índice de novos casos. Por ser uma doença incapacitante, que provoca a perda da força muscular e da sensibilidade das mãos e pés, é um problema de saúde que torna o paciente improdutivo, o que onera ainda mais o sistema público”, conclui.
Alunos recebendo orientações e prevenções contra a Hanseníase |
O professor do Mestrado em Processos Tecnológicos e Ambientais da Uniso, Waldemar Bonventi Junior, explica que as tecnologias assistivas podem contribuir para o enfrentamento do problema. “A engenharia possibilita a produção de equipamentos que venham melhorar o conforto e a qualidade de vida das pessoas que apresentam dificuldades”, conta.
A palestrante Evelin Cristina Cadrieskt Ribeiro Mello, ex-aluna do curso de Terapia Ocupacional da Uniso, teve como tema de dissertação de Mestrado o desenvolvimento de um painel interativo para difundir informações sobre a doença. Conta que desenvolveu esse aplicativo quando trabalhava com pacientes com Hanseníase, no ambulatório do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
Alunos aplicando o teste de sensibilidade |
Para Nataly da Silva Borges, 22, aluna do 7º semestre do curso de Terapia Ocupacional da Uniso, o alerta trazido pela campanha é importante e necessário para sua prevenção. “O aprendizado, como aluna, é essencial para a informação e a prática de aplicar o teste de sensibilidade”, conta.
Mascote da Campanha |
Texto e Fotos: Cléo Nunes/AgênciaJor