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“Palhaceata” reúne centenas de pessoas no Campolim

Artistas e público participaram da “Palhaceata”, durante a manhã de domingo (26), pela avenida Antônio Carlos Comitre, no Campolim, em comemoração ao Dia Nacional do Circo, celebrado em 27 de março. A data foi escolhida em homenagem ao palhaço Abelardo Silva, o Piolim, conhecido mundialmente, sendo, inclusive, homenageado pelos criadores da Semana de Arte Moderna, em 1922.
A “Palhaceata” está em sua 5ª edição e foi organizada pelo grupo Operação Alegrarte, que realiza trabalhos voluntários em asilos e hospitais, e pela escola de circo Usinarte.
 Apresentação no tecido
O evento atraiu centenas de pessoas. A concentração teve início às 9h, no parque Kasato Maru, e seguiu até a pista de caminhada, onde havia um pequeno palco instalado para diversas apresentações circenses, que durou até às 13h.
Junior Barros, um dos organizadores do evento, ficou responsável também pela apresentação dos números artísticos, entre eles, contorcionismo, esquete cômica, malabarismo e acrobacias. Além de relatar um pouco de sua experiência pessoal na arte circense, iniciada há cerca de 6 anos, Junior avalia a quinta edição do evento:  “Superou todas as expectativas, a gente esperava que tivesse umas 100 pessoas, mas acredito que tinha mais de 200. No ano que vem, a gente pode até pensar em uma coisa maior, um festival ou algo do tipo”. Sobre uma possível confirmação do evento no próximo ano, garante: “A gente vai continuar a parceria Operação Alegrarte e escola de circo Usinarte e, talvez, até tenha mais apoios pra realização […]. Isso aqui vai ter uma divulgação, então, acho que é dessa forma que as coisas se espalham”. E conclui: “Hoje, por ter tido um público grande, senti que o pessoal gostou, e no ano que vem vai ser feito, com certeza, algo ainda maior”.
 Cotonete e Chiquita, da Trupe Koskovisck
Dentre o público também marcou presença o grupo “Terapia do riso”, que está em atividade em Sorocaba há 10 anos, como conta Marcos Castro, 50, economista, integrante do grupo. Já a publicitária Ana Paula, 44, responsável por dar vida à palhaça “Ana sorriso”, conta que sempre teve vontade de fazer trabalho voluntário. “Busquei algumas coisas que não deram certo, até conhecer o grupo Terapia do Riso e me identificar com o trabalho nos hospitais, visitando asilos, orfanatos. Gosto demais de fazer esse trabalho voluntário”. O restante do grupo concorda e diz que se sente gratificado por fazer diferença na vida das pessoas, mesmo que seja de minutos, que é o tempo que dura o contato com o público. 
O grupo está em busca de voluntários. Mais informações na página do Facebook/ Grupo Terapia do Riso.
 Estudantes da Uniso participam do evento (Foto:Arquivo pessoal)
Representando a Universidade de Sorocaba (Uniso) na “Palhaceata”, os alunos do 5º período do curso de Teatro, Jéssica Gomes, 19, e José Roberto da Silva Oliveira, ambos da cidade de Mairinque, contam como foi a estreia no evento:  “Foi muito surpreendente. A gente queria fazer algumas coisas, mas como foi a primeira vez, futuramente, quem sabe?”. 
Os alunos contam que têm planos com relação à arte circense. “A gente quer abrir a nossa academia, na nossa cidade, e vivenciar essas experiências”, explica Jéssica. José concorda e complementa, afirmando que “trabalhar com o circo é um sonho. Entrei na faculdade pensando que, ao concluí-la, quero trabalhar no Cirque Du Soleil, tenho esse foco”.
Perguntados sobre a “Palhaceata” ser uma espécie de resistência artística, e fazendo referência aos cortes na cultura e ao fechamento das Oficinas Culturais no estado de São Paulo, os alunos concordam. “Sim, é. E, independentemente dos cortes, a gente vai dar continuidade, é o nosso trabalho, nossa carreira, então, por que a gente vai parar?”, finalizam.
Texto e Fotos: Alexandre Meiken/ AgênciaJor

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