Do Pesadelo ao Prestígio: Os TCCs de Comunicação que Fazem História na UNISO
Por João Pedro de Andrade Gonçalves (Agência Focas – Jornalismo da Uniso)
Nos últimos 30 anos, os cursos de comunicação da Universidade de Sorocaba (UNISO) têm sido um celeiro de ideias inovadoras, formando profissionais preparados para enfrentar os desafios de um mercado em constante transformação. Dentro dessa trajetória, os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) se consolidaram como uma etapa decisiva na formação acadêmica dos estudantes, sendo não apenas a conclusão de um ciclo, mas também a oportunidade de deixar uma marca criativa e autoral no campo da comunicação.
A diversidade de temas abordados nos TCCs reflete a pluralidade dos cursos de Publicidade e Propaganda e Jornalismo, que incentivam a originalidade e o pensamento crítico. Essas produções acadêmicas muitas vezes ultrapassam o ambiente universitário, impactando a sociedade e até abrindo caminhos para novos formatos de comunicação.
O TCC é mais do que uma simples exigência curricular. Ele é um laboratório onde ideias se tornam projetos reais e onde os alunos podem experimentar, inovar e propor novas formas de entender o mundo através da comunicação.
Nesta reportagem, apresentamos uma seleção de TCCs que, pelo impacto de suas propostas e pela criatividade de suas abordagens, se destacam como exemplos do potencial transformador dos estudantes de comunicação da UNISO. Embora o foco não seja uma retrospectiva completa das três décadas do curso, os trabalhos escolhidos ilustram como o TCC pode ir além das expectativas acadêmicas, inspirando discussões e deixando contribuições relevantes no campo da comunicação. Com curadoria da Professora Mara Ferreira Rovida e do Professor Bruno Martins.
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um componente obrigatório, desenvolvido sob supervisão docente e avaliado por uma banca composta por professores da área e profissionais convidados. Cada curso segue as Diretrizes Curriculares do Ministério da Educação e Cultura (MEC) para a composição das suas matrizes curriculares e isso inclui a quantidade de horas e o formato dos TCCs e outros trabalhos que são requisito para a formação acadêmica.
No curso de Jornalismo da Uniso, por exemplo, a Monografia, produzida por meio de uma pesquisa é a etapa individual conforme as diretrizes determinam. Mas antes de finalizar o curso, o futuro jornalista passa, ainda, pela etapa do Projeto Experimental, que consiste na elaboração de um produto jornalístico completo. Podendo ser desenvolvido em várias modalidades, como livro-reportagem, produto radiofônico, de fotojornalismo ou vídeo-reportagem, o trabalho é feito em grupo ou individualmente (em algumas modalidades). O Projeto Experimental com produção prática jornalística é acompanhado de um relatório técnico com documentação e embasamento do processo.
Já o curso de Publicidade e Propaganda não há etapa individual e os alunos desenvolvem durante todo o último ano de formação uma campanha prática, seguindo todas as etapas de elaboração, a começar com a criação de uma agência e a escolha de um cliente real. Pesquisa de Mercado, briefing, projeto, apresentação ao cliente, orçamentos, elaboração das peças em todas as mídias e suportes compatíveis com a proposta fazem parte do trabalho. A finalização se dá com a apresentação completa e avaliação da banca examinadora.
Jornalismo em Quadrinhos: Explorando Novas Formas de Narrativa
Wellington Torres
Um dos TCCs mais inovadores dos últimos anos no curso de Jornalismo foi o projeto de Wellington Torres, orientado pela professora Mara. Intitulado “Jornalismo em Quadrinhos: Entre a Teoria e a Prática”, o trabalho resultou em um livro que mergulhou profundamente nessa modalidade jornalística.
Wellington entrou na graduação já com o objetivo de explorar formatos alternativos de jornalismo. Desde cedo, ele notou uma mudança no comportamento dos leitores, que, com a ascensão das redes sociais e dos dispositivos móveis, estavam cada vez menos dispostos a consumir reportagens extensas. Como ele mesmo colocou: “É muito difícil das pessoas pararem e lerem de fato uma reportagem extensa… Isso não quer dizer que o trabalho jornalístico seja ruim. Quer dizer que o comportamento social tem mudado e tem mudado muito rápido.”
Foi durante os quatro anos de curso que ele começou a experimentar e aprofundar seu interesse no jornalismo em quadrinhos, um formato que já conhecia antes de entrar na universidade. Ao longo desse período, ele aproveitou várias oportunidades acadêmicas para explorar essa forma de narrativa, culminando no desenvolvimento de seu TCC. Wellington realizou uma extensa pesquisa sobre a história do jornalismo em quadrinhos, indo atrás de referências como Joe Sacco, considerado o pioneiro na prática: “Ele é o primeiro jornalista que assina um material como jornalismo em quadrinhos de forma oficial. Ele fala sobre pautas marginais, como a guerra, a prostituição e o aborto, o que muito me inspirou.”

O TCC de Wellington foi dividido em duas partes principais: uma monografia teórica, onde ele analisou o contexto histórico e a relevância do formato, e um livro-reportagem prático. Para a segunda parte, ele entrevistou produtores e jornalistas que atuam no segmento, buscando entender as motivações e desafios dessa abordagem. O projeto foi além da simples análise de reportagens já existentes: “Eu não queria só analisar reportagens… Eu queria entender o processo, como ele foi construído e quais eram as motivações por trás do trabalho.”
Embora Wellington não se considerasse um ilustrador profissional, ele decidiu incluir duas páginas desenhadas por ele próprio no projeto final. A sugestão veio da professora Mara, que o incentivou a dar um toque pessoal ao livro: “Eu já havia rabiscado algo, mas não era o planejado… Essas páginas acabaram sendo a cereja do bolo, uma forma de aproximar ainda mais o leitor da obra.” Essas ilustrações serviram como uma introdução ao livro, oferecendo ao público um convite visual para mergulhar na leitura.
Wellington também destacou o potencial dos quadrinhos como ferramenta educacional, capaz de abordar questões sociais complexas de forma acessível. Ele acreditava que, ao transformar reportagens em histórias visuais, era possível alcançar públicos mais amplos e criar maior empatia pelas causas retratadas.
Após concluir o projeto, Wellington lançou o livro na plataforma Amazon, no formato de ebook, acreditando que esse meio digital complementava a proposta inovadora de seu trabalho: “Eu lancei ele pela Amazon… Não pensei em lançar ele físico, mesmo preferindo livros físicos, mas isso casou bem com a ideia do projeto.” O livro foi bem recebido e reforçou a importância de explorar novas formas de se fazer jornalismo, algo que Wellington continua a aplicar em sua vida profissional.
Depois do TCC, ele se especializou em Mídia, Informação e Cultura pelo CELACC-USP, onde desenvolveu novas pesquisas voltadas para formatos alternativos de jornalismo. Em um de seus trabalhos mais recentes, Wellington explorou o uso de memes no jornalismo, discutindo como essa linguagem, tão presente nas redes sociais, pode ser adaptada para narrativas jornalísticas: “No meu artigo final, falei sobre o uso dos memes… Como essa linguagem, hoje tão difundida, pode ser utilizada dentro do jornalismo e até servir de base para uma fonte, dependendo de como responde ao lide.” Sua pesquisa continua a buscar formas criativas de adaptar o jornalismo às novas dinâmicas de consumo de informação.
Considerações da Professora Mara
A professora Mara, que orientou Wellington durante todo o processo, reforçou a importância do projeto e a dedicação do aluno ao explorar esse novo formato de jornalismo. Segundo ela:
“O livro do Wellington Torres traz experiências de jornalistas que produzem jornalismo em quadrinhos e a forma como ele escreveu essas histórias também é muito especial. Ele testou o livro, por assim dizer, antes de entregar o TCC. Ele pediu para algumas pessoas com o perfil do público-alvo ler o livro, mas na presença dele. Ele queria ver a reação dessas pessoas para ter certeza de que tinha um produto adequado. Essa foi uma sacada dele e deu certo.”
Onde Está Luara? Podcast aborda crime contra mulher trans e contribui para a condenação do assassino
Nicole Annunciato
Rodrigo Andrade
Kally Momesso

Em agosto de 2020, o desaparecimento e assassinato de Luara, uma mulher trans, em Mairinque, interior de São Paulo, se tornou o tema central do podcast Onde Está Luara, produzido por Nicole, Rodrigo e Kally. O projeto surgiu da cobertura jornalística que os três realizavam no G1 e Cruzeiro do Sul durante o acompanhamento do caso, o que motivou a equipe a homenagear Luara através do podcast, além de trazer à tona questões relacionadas à marginalização da comunidade trans no Brasil.
Nicole explica que o processo de produção envolveu um levantamento detalhado de informações, incluindo dados de um dossiê sobre a violência contra pessoas trans no Brasil, país com a maior taxa de assassinatos de pessoas trans no mundo. Além de entrevistar profissionais sobre o tema, eles conversaram com vereadores de Mairinque, como Emily, amiga de Luara, que tinha projetos voltados para a proteção da comunidade LGBTQ+ na cidade.
“Fomos a Mairinque e passamos o dia inteiro entrevistando pessoas como o pai de Luara e a vereadora Emily. Acho que o maior desafio foi condensar todo o material em episódios curtos, pois tínhamos muitas informações e queríamos ser cuidadosos ao tratar de um assunto tão sensível”, conta Nicole.
O podcast também foi relevante no desenvolvimento do caso. Dois anos após o crime, em 2022, o julgamento do assassino de Luara resultou em sua condenação a 14 anos de prisão. Durante o julgamento, o promotor utilizou os primeiros episódios do podcast como parte da sustentação de sua acusação, o que evidenciou o impacto direto que o trabalho do grupo teve no desenrolar da justiça.
Nicole menciona que a produção do podcast foi mais que um simples TCC: “Foi uma promessa que fizemos na banca, de que levaríamos o projeto adiante. Tenho muito orgulho disso, foi o trabalho mais importante que já fiz.”
O nome do podcast faz referência à hashtag #OndeEstáLuara, que circulava no Twitter na época de seu desaparecimento. Além disso, os títulos dos episódios formam um poema escrito pelo pai de Luara, transformando o podcast em uma homenagem sensível e profunda à vida dela.
Considerações da Professora Mara
“O podcast Onde Está Luara é uma experiência pioneira no curso porque a proposta era contar uma história que não cabia no tempo máximo do regulamento dos TCCs em Jornalismo. O grupo optou por apresentar um projeto em produção, ou seja, a banca avaliou dois dos cinco episódios que compõem a série completa. Essa foi a alternativa escolhida porque a história precisava de mais tempo, e eles realmente queriam trabalhar no material de forma adequada. O resultado foi tão bom que os quatro primeiros episódios foram usados pelo promotor no julgamento do assassino de Luara.”
Nas Margens da História: A Vida e o Legado de Jorge Narciso em ‘Um Mestre Sala nos Mares Sociais
Rafael Filho
O terceiro TCC de Jornalismo escolhido para esta reportagem é o de Rafael Filho, intitulado “Um Mestre Sala nos Mares Sociais”. Este livro-reportagem aborda a trajetória de Jorge Narciso de Matos, uma figura notável em diversos setores da sociedade sorocabana, que mesmo diante de um cenário de racismo e repressão durante a ditadura militar, ascendeu e transformou sua comunidade. Jorge foi presidente ou até mesmo fundador de instituições como o Nucab, INSS, Rotary Clube, Academia Sorocabana de Letras, Uniso, entre outras, sempre com o objetivo de ajudar o próximo.
A sinopse do livro nos apresenta esse homem como alguém que, desde cedo, superou grandes desafios sociais: de engraxate na praça da matriz de Sorocaba/SP, ele navegou pelos mares da sociedade sorocabana, conquistando espaços e se dedicando a causas que promoviam a inclusão e a igualdade. Em uma cidade que, historicamente, ofereceu poucas oportunidades para a população negra, a história de Jorge Narciso destaca a quão significativa foi sua contribuição para Sorocaba e, especialmente, para o movimento negro.
Durante a entrevista com Rafael, foi evidente que o tema da invisibilidade da figura negra foi central em sua pesquisa. Ele revela como a ideia do livro nasceu de uma sequência de encontros com o nome de Jorge, desde os estudos sobre africanidade na imprensa sorocabana até o momento em que ele decidiu focar seu TCC nesse personagem específico. Rafael conta que o ponto de virada ocorreu quando ele se reuniu com a professora Mara, que percebeu que a paixão dele pelo projeto só se manifestaria com mais força ao explorar a vida de Jorge Narciso: “Falei ‘ah, eu tenho um personagem aqui, o Jorge Narciso’… Ela respondeu: ‘Por que você não faz a reportagem só dele?’”
A busca por informações foi desafiadora, especialmente pela falta de reconhecimento formal de Jorge nas instituições onde ele atuou. Rafael enfrentou dificuldades em conseguir dados de órgãos públicos, como a FUNDEC, onde Jorge foi presidente. A invisibilidade de Jorge, como figura histórica, reflete o apagamento contínuo da memória negra em Sorocaba, e Rafael destaca o quanto isso impacta a preservação da história: “A memória precisa ser criada, a história precisa ser contada, ela precisa ser mantida… nossa ancestralidade tem que ser continuada.”
O livro não apenas narra a vida de um homem, mas também evidencia a luta contra o apagamento histórico que as figuras negras sofrem. A pesquisa de Rafael demonstra que, apesar de Jorge ter fundado ou sido parte de instituições importantes, seu nome e sua contribuição continuam sendo minimizados ou esquecidos, enquanto outras figuras locais recebem maior visibilidade.

A obra de Rafael Filho sobre Jorge Narciso de Matos também nos permite uma reflexão mais ampla sobre o conceito de necropolítica, um termo introduzido pelo filósofo camaronês Achille Mbembe. A necropolítica, em essência, descreve como o poder soberano decide quem pode viver e quem pode morrer, destacando a maneira como certos corpos, principalmente os negros, são continuamente expostos à morte ou à exclusão social. Quando olhamos para a trajetória de figuras como Jorge, é evidente que, mesmo aqueles que conseguiram se destacar socialmente enfrentam, de maneira simbólica ou literal, os efeitos dessa política de morte e apagamento histórico.
O apagamento e a invisibilidade das figuras negras não acontecem por acaso; são parte de uma estrutura que controla não apenas quem é lembrado, mas também como a memória é preservada. O fato de Jorge Narciso de Matos, mesmo tendo sido um líder em várias frentes, ser amplamente desconhecido ou ignorado, é um reflexo claro de como a necropolítica se manifesta. Não se trata apenas de quem é diretamente assassinado ou marginalizado, mas também de quem tem o direito de existir plenamente, de ser reconhecido como protagonista de sua própria história.
Dentro desse contexto, a invisibilidade de Jorge representa mais do que uma simples omissão histórica — é uma demonstração de como a população negra em Sorocaba (e no Brasil como um todo) foi e continua sendo sistematicamente excluída das narrativas oficiais.
A memória, nesse caso, torna-se um campo de batalha: ao documentar e narrar a história de Jorge, Rafael luta contra o poder que define quem merece ser lembrado e quem é condenado ao esquecimento.
A marginalização da população negra, através de políticas estatais, educacionais e culturais, reforça a invisibilidade dessas histórias, contribuindo para a manutenção de um sistema em que poucos têm o direito à memória.
Portanto, o TCC de Rafael Filho sobre Jorge Narciso não é apenas uma biografia de um líder comunitário. Ele também é um manifesto contra o esquecimento, uma denúncia sobre a forma como a necropolítica se infiltra em cada aspecto da vida de pessoas negras, decidindo não apenas sobre a morte física, mas também sobre a morte simbólica daqueles que não têm seus nomes registrados na história.
Gay Talese, em seu icônico perfil “Frank Sinatra está resfriado”, nos mostra como é possível criar uma narrativa rica e envolvente sem a presença direta do biografado. Assim como Rafael Filho construiu a trajetória de Jorge Narciso de Matos a partir de entrevistas e documentos, Talese também precisou contar a história de Sinatra com base em observações periféricas e relatos de pessoas ao redor do astro, o que conferiu à sua escrita uma profundidade única, mesmo sem o contato pessoal com Sinatra.
Considerações da professora Mara
O TCC de Rafael Filho, segundo a professora Mara, cumpre um papel vital na recuperação e preservação da memória negra, tanto em Sorocaba quanto no cenário nacional. Ela ressalta a relevância do trabalho para a comunidade acadêmica e para a sociedade em geral:
“O TCC do Rafael tem uma relevância que vai do âmbito local ao nacional porque ele chega na proposta do projeto experimental depois de analisar a ausência das africanidades na cobertura da imprensa sorocabana, ele analisou o jornal Cruzeiro do Sul. Então ele usa o TCC como um espaço de contribuição para falar de pessoas, acontecimentos e datas ligados ao movimento negro e às pessoas negras da cidade. Mas o Jorge Narciso, perfilado no livro do Rafael, é uma figura importante para a própria Uniso. Então vejo um trabalho que alcança tudo que se espera de um projeto de jornalismo.”
Estratégia Publicitária de Impacto: Ciclonel e o Rebranding do Mercado
Eduardo Valentim Gomes
Francisco Franchin Pinto
Isabela Machado Benevenute
Joel de Souza Junior
Pedro Henrique Maia Sanchez
Vitor Augusto Peres Ramos
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Publicidade e Propaganda que vamos abordar é o projeto desenvolvido por Eduardo Valentim e seu grupo, voltado para a empresa Ciclonel, um Bike Shop familiar com sede em Votorantim e uma nova loja em Sorocaba. O objetivo do TCC era criar um plano de comunicação completo, utilizando um orçamento fictício de R$ 100.000, para reposicionar a marca e impulsionar seu crescimento.

A escolha da Ciclonel como cliente não foi por acaso. Eduardo e sua equipe queriam trabalhar com uma empresa de pequeno ou médio porte que estivesse enfrentando desafios no mercado, mas que também tivesse um impacto social em Sorocaba e região. “Pensamos em uma empresa que já estivesse atuando no mercado e que estivesse encontrando dificuldades em ‘evoluir’”, explica Eduardo.
A partir dessa premissa, o grupo conduziu uma pesquisa detalhada sobre o mercado de ciclismo de alta performance, realizando visitas à empresa, participações em eventos ciclísticos e encontros para discussão na biblioteca da UNISO. O processo de pesquisa foi intenso e revelou o potencial da Ciclonel. “O contato com o cliente foi sempre bem realizado, com pouquíssimos ruídos e de grande parceria”, comenta Eduardo.
Um dos principais desafios enfrentados pelo grupo foi gerenciar a equipe e lidar com os altos e baixos naturais de um projeto de longa duração. “O grande desafio foi trazer a consciência de que o trabalho era de extrema importância para nós e para o cliente”, reflete Eduardo. O processo de orientação, que ocorria semanalmente, ajudou a alinhar as expectativas e ajustar o projeto conforme necessário, sem perder o foco nos objetivos centrais.
Durante a execução do TCC, o grupo analisou os 4 P’s (Preço, Praça, Produto e Promoção) para entender melhor a situação da Ciclonel no mercado. Com base nessa análise, decidiram realizar o rebranding da marca, reposicionando-a com um novo visual e estratégias de comunicação direcionadas, especialmente nas mídias mais relevantes.
O feedback final foi extremamente positivo, tanto dos professores quanto do cliente. Eduardo destaca o orgulho de ter concluído um trabalho que trouxe resultados reais e concretos para a empresa, além de agregar valor à trajetória do grupo. “Foi uma oportunidade única de trazer para a família dona do empreendimento o resultado do trabalho, reafirmando a missão, visão e valores da empresa que busca prosperar ainda mais”, finaliza.
O TCC proporcionou uma experiência valiosa, dando aos alunos a oportunidade de vivenciar o processo completo de desenvolvimento de uma campanha publicitária, desde o briefing inicial até a apresentação final e prestação de contas. Essa vivência prática permitiu que eles compreendessem a complexidade e as responsabilidades da profissão, além de fortalecer suas habilidades de planejamento estratégico, comunicação e trabalho em equipe.
Considerações do Professor Bruno
“O projeto criado pela Agência Braza para a Ciclonel Bike Shop captou a essência do ciclista, o grupo foi fez um excelente esforço de levantamento de dados secundários que foi complementado com uma primorosa pesquisa primária, que somadas contribuíram para construir, primeiro, um belo redesign de marca somado a um conceito de campanha muito adequado, para uma loja de bicicletas em ascensão na cidade de Votorantim. O grupo soube aproveitar o bum de novos ciclistas além de explorarem muito bem a ideia de comunidade em torno do esporte, algo que ficou evidenciado na entrega audiovisual.”