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“Comunicação Pública, Política e Mídias” é tema de discussão na 20ª Semana da Comunicação

Um painel de discussão sobre “Comunicação Pública, Política e Mídias” ocorreu na segunda-feira (24) no Bloco C da Cidade Universitária. O encontro faz parte da “20ª Semana da Comunicação” da Universidade de Sorocaba e contou com a presença de estudantes de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas.
Estiveram presentes a professora e doutora em comunicação Maria José da Costa Oliveira da Abrapcorp (Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas) e sócia-proprietária da Prospectus Comunicação, a publicitária Sirlange Rodrigues Frate – Sócia proprietária da 2M comunicações e o Jornalista Fábio Jammal Makhoul – Mestre em Jornalismo Político na PUC-SP. O painel teve como mediador o professor de Jornalismo da Uniso Marcel Stefano.
Maria José iniciou o debate com uma introdução à relação da comunicação pública com o conceito de comunicação organizacional, onde a comunicação é integrada pela comunicação institucional, interna e a mercadológica. Também destacou a importância das redes sociais para a comunicação das empresas com o público, destacando o Accountability – termo utilizado para se referir a transparência num sentido específico, quando um órgão tem a responsabilidade de prestar contas a seus representados.
Auditório é lotado por estudantes de comunicação
“Eu queria ver até que ponto as empresas estavam entendendo este cenário do avanço da informação e da tecnologia, que permite ao público ser transformado em um ator com voz mais ativa”, diz Maria José. Em relação à convergência de opiniões atual e a internet, ela reflete que “Temos que entender, num contexto de democracia, que na comunicação pública temos muita participação, dialogo e diferentes opiniões. Então, se estamos em um momento na sociedade com diferentes opiniões, temos que aprender a respeitar estas diferentes opiniões. As mídias sociais estão transformando até as formas de comunicação dos veículos tradicionais.  O sucesso se dá por que permite que as pessoas opinem”.
Fábio Jammal autor da dissertação de mestrado “A Veja e o Anti-jornalismo”, defendida na PUC-SP, revelou formas que a revista utilizava para sobrepor um acontecimento: “Matérias que são lidas pelas pessoas como notícias, mas na verdade não têm uma fonte – isto é opinião da revista, não é jornalismo“, aponta. Jammal alertou sobre o papel dos veículos durante o período eleitoral “Temos que ter em mente, que não existe isenção. Todo veículo de comunicação, seja de esquerda ou direita, vai defender uma ideia. Durante a eleição, os veículos teriam candidatos que podem eventualmente apoiar ou não. Mas, no jornalismo, há regras que devem ser seguidas, não se pode inventar um fato, não se pode escrever matérias sem fontes (…). Atualmente, a eleição está polarizada entre dois candidatos que não são os preferidos da revista, possuindo muitas matérias negativas destes dois e positivas de outros candidatos“, exemplificou o pesquisador.
Laura Liz Myer, 22 anos e do último semestre de Relações Públicas esteve presente do debate “A palestra é essencial para o profissional sair daqui capacitado para atuar no meio público, os serviços públicos são bens comuns, as pessoas têm necessidade de utilizar estes serviços, e a comunicação pública supre esta necessidade das pessoas”, avaliou.
Prof. Marcel Stefano anuncia conceito 5 da Universidade
 em resultado a nova avaliação do MEC
A respeito da importância do tema para o evento, o mediador Marcel Stefano comentou que “Muitos conceitos foram debatidos, questões ligadas à administração que começam a fazer parte do vocabulário da comunicação, o Accountability faz muita mudança na forma administrativa e gerencial das empresas, a Petrobrás criou uma gerência assim para resolver a questão da imagem da empresa. Devemos olhar os novos cenários que surgem“, destaca o professor.

“Estamos surfando uma onda de internet em que só se leva em consideração a informação rasa, e não o significado real da informação.”  

– Marcel Stefano 
“Nós temos que parar e se perguntar se a sociedade quer se distrair com planos rasos de governo, ou se temos uma função social enquanto jornalistas e realmente pesquisar e comparar as propostas dos candidatos para ver quem tem planos para o futuro do Brasil. Para os alunos presentes, o debate é importante para criar uma visão crítica e aplicar aos candidatos da eleição, assim como aplicar em jornais e analisá-los”, frisou Stefano.
Texto:  João Victor Fróes – Agência Experimental de Jornalismo (AgênciaJOR/Uniso)
 Fotos: Stephanie de Paula – Agência Experimental de Jornalismo (AgênciaJOR/Uniso)

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