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Centro Acadêmico de Relações Internacionais recebe Martina Giovanetti para mesa redonda na Uniso

A influenciadora e estudante de Relações Internacionais compartilhou com os alunos da Uniso a sua experiência na propagação do curso nas redes sociais

Por Yasmin Machado e Rafaela Ferreira Monteiro (Agência Focas – Jornalismo Uniso)

O Centro Acadêmico de Relações Internacionais (CARI) promoveu, na quarta-feira (24), um bate-papo com a influenciadora digital e universitária Martina Giovanetti, para a Semana de Relações Internacionais. O encontro aconteceu no Campus Cidade Universitária Professor Aldo Vannucchi, em Sorocaba, e os temas abordados foram a atividade das Relações Internacionais (RI) nas redes sociais e a democratização do curso.

A presidente e a vice-presidente do CARI, Karen Camila de Oliveira e Lauren Cristina Tedesco, destacam a relevância do evento para o curso. Elas explicam que a iniciativa de trazer a influenciadora Martina visa aumentar a visibilidade do curso de RI. “A Semana de RI tem também o papel de sintetizar tudo que aprendemos no curso, e trazer visibilidade para a área de Relações Internacionais, não só na Uniso, mas no curso como um todo, pois no Brasil ele é relativamente novo”, explica a presidente do Centro Acadêmico.

Natural de Belo Horizonte, Martina Giovanetti é estudante de RI na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e está cursando o último semestre. A mineira publica vídeos “explicando geopolítica como se fosse fofoca”, como define, e já soma mais de 1,5 milhões de seguidores em suas redes sociais. Por meio de seu conteúdo, Martina informa o público jovem sobre questões geopolíticas com análises didáticas e bem-humoradas.

A influenciadora relata sua jornada com as redes sociais que começou em 2020, após publicar um vídeo explicando o sistema eleitoral dos Estados Unidos – enquanto estava no último ano do ensino médio. No decorrer da graduação, Martina voltou seu conteúdo cada vez mais para RI, e teve que enfrentar a dificuldade dos internautas em reconhecerem as relações internacionais como ciência, além da onda de misoginia que a descredibiliza por ser mulher. “Eu não receberia metade do hate que recebo se fosse homem. Existe essa correlação, mas ela não me assusta”, afirma.

Martina, durante a apresentação na semana de RI | Foto: Rafaela Ferreira Monteiro

Martina trata seus vídeos no TikTok como artigos científicos, pois documenta todas as referências que utiliza para trazer credibilidade ao seu conteúdo e permitir que o público possa consultar. Mas, apesar disso, a influencer explica que as redes sociais não são um ambiente fácil, e é necessário ter convicção, “por mais correto que você esteja, tem que saber lidar com todo tipo de comentário. Não leve pro pessoal, mas se levar, leve na esportiva.”

Os cinco anos dedicados à internet levaram Martina a diversas oportunidades, desde ser convidada para palestrar no Encontro Nacional dos Estudantes de Relações Internacionais, até conhecer a hidrelétrica de Itaipu e fazer campanhas com o governo do Brasil. A estudante destaca uma oportunidade em especial: “esse ano eu fiz uma campanha com Médicos Sem Fronteiras sobre a crise migratória no Sudão, e farei outra com eles sobre Gaza, de forma completamente voluntária, só pela admiração gigante que eu tenho pela instituição. Até hoje foi uma das oportunidades mais fantásticas que eu já tive.”

A estudante também disserta sobre a transformação que o curso de RI enfrenta na era digital: “cada vez mais o mercado tem reconhecido os internacionalistas não apenas como pessoas que vão ser diplomatas, mas como pessoas analíticas, com boa carga de leitura e boa capacidade de análise”.

No encerramento do evento, Martina declara a gratidão em acompanhar e colaborar com o crescimento da visibilidade do ramo de Relações Internacionais: “é uma honra que me digam que conheceram um curso por minha causa, pois não sabiam de RI, me ouviram falar, gostaram do vídeo e foram atrás. Gostaria muito que pessoas que sabem muito mais, como meus professores doutores, tivessem o mesmo alcance, mas o que eu posso fazer nesse momento é divulgar o trabalho que eles fazem e tudo que eles me ensinaram.”

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