“Uma fala nossa, um texto nosso, um vídeo nosso, tudo pode mudar a vida de uma pessoa para o bem, ou para o mal”
Por Laura Machado (Agência Focas – Jornalismo Uniso)
Na última quinta-feira, 8 de maio, a aula da disciplina “Ética em Jornalismo”, ministrada pela professora Mara Rovida, teve uma roda de conversa sobre o suicídio como pauta jornalística. Quem conduziu a conversa foi Rafael Filho, que é jornalista na Assecoms da Uniso e mestrando em Comunicação e Cultura na Uniso. O mestrando iniciou a noite apresentando o que é suicídio, como identificar alertas e quais são as estatísticas, conhecimentos também fundamentais para se estudar antes da cobertura jornalística. Ao longo da conversa, passamos por várias boas práticas e orientações de como cobrir um tema tão sensível e necessário, já que é uma questão de saúde pública e que demanda empatia.
Algumas dicas apresentadas foram:
– Não deixar a notícia em posições de destaque e não tratá-la com sensacionalismo;
– A importância de não divulgar o método utilizado no suicídio;
– Não noticiar como crime ou caso de polícia;
– Ficar atento à linguagem utilizada, e não apresentar causas;
– Fazer a prestação de serviço nessas notícias, indicando como buscar ajuda em sites e telefones;
– Respeitar o luto de pessoas próximas à vítima e da equipe de socorristas;
– Mesmo com um prazo mais curto nas publicações nas redes sociais, é preciso manter as recomendações em mente.
Alguns dos principais direcionamentos debatidos foram inspirados pelo manual “Prevenção do Suicídio: Manual para Jornalistas”, que pode ser acessado através do QR Code que está na segunda imagem dessa postagem.
Foi uma conversa cheia de reflexão, sensibilidade e preparação. Rafael defendeu que o jornalista deve ter como objetivo, ao cobrir o tema, realizar a exposição educacional para abrir espaço para o diálogo, apresentando casos de pessoas que superaram fases difíceis e tratar os casos como preveníveis. Além disso, ele também reforçou a importância de ficar atento aos sinais das pessoas com quem convivemos, e não ter medo de iniciar um diálogo, assim como não devemos ter medo de cobrir o tema.
“Vamos trabalhar para que outras pessoas possam viver mais”, disse Rafael ao concluir com o porquê se deve dar atenção à cobertura empática e humanizada do suicídio. Ao final, Rafael ainda recomendou uma música: “Canto da Bisa” do Coletivo Samba da Vela. A música, que o ajudou durante momentos difíceis, pode inspirar outras pessoas também. Você pode acessar a música pelo QR Code na 3° foto dessa postagem.
Contatos úteis para a prevenção:
Centro de Valorização da Vida:
Site: https://cvv.org.br/
Endereço (em Sorocaba): Rua Dr. Nogueira Martins, 334, Centro.
Telefone (24 horas): 188.
Clínica – Escola de Psicologia da Uniso
Telefone: (15) 21017050.
Whatsapp: (15) 981832797.
E-mail: cursodepsicologia@uniso.br





